24 de jan. de 2013

Resenha - Estilhaça-me, Tahereh Mafi

Nome Original:  Shatter me
Data de Lançamento: 2012
Editora: Novo Conceito
Número de Páginas: 302
 Gênero: Ficção/ Romance fantástico
Autor: Tahereh Mafi
Sinopse: Juliette não toca alguém a exatamente 264 dias. A última vez que ela o fez, que foi por acidente, foi presa por assassinato. Ninguém sabe por que o toque de Juliette é fatal. Enquanto ela não fere ninguém, ninguém realmente se importa. O mundo está ocupado demais se desmoronando para se importar com uma menina de 17 anos de idade. Doenças estão acabando com a população, a comida é difícil de encontrar, os pássaros não voam mais, e as nuvens são da cor errada. O Restabelecimento disse que seu caminho era a única maneira de consertar as coisas, então eles jogaram Juliette em uma célula. Agora muitas pessoas estão mortas, os sobreviventes estão sussurrando guerra – e o Restabelecimento mudou sua mente. Talvez Juliette é mais do que uma alma torturada de pelúcia em um corpo venenoso. Talvez ela seja exatamente o que precisamos agora. Juliette tem que fazer uma escolha: ser uma arma. Ou ser um guerreiro.

Para quem tinha abandonado a leitura bem no começo, Estilhaça-me é, sem qualquer sombra de dúvida, eletrizante surpreendente!

O livro conta da história de Juliette, uma garota que possui um dom magnífico e letal ao mesmo tempo: se tocar alguém, ela causa dor e sofrimento, podendo matar (uma feliz semelhança com a Vampira, do X-Men, não?). A história passa-se num ambiente distópico: o mundo todo está um caos, animais morreram, o ar está poluído, há escassez de comida, destruição para todo lado. O único alento da população seria O Restabelecimento, um grupo opressor que, evidentemente, detém o poder – e o usa como bem entender.

Juliette está aprisionada há 264 dias numa sala de 1,46 metros quadrados. Ela não faz idéia onde está – mas sabe que não vê nada e nem ninguém há muito, muito tempo. A sua única companhia é um caderno e uma caneta, onde ela escreve pensamentos desconexos de maneira maluca confusa. Juliette foi abandonada por todos – inclusive pelos próprios pais – desde que tudo aconteceu. Ela não pode tocar em ninguém. E nem tem essa oportunidade.


É quando Adam – um garoto de quem estranhamente Juliette consegue se lembrar muito bem -  vira seu companheiro de cela que as coisas começam a mudar de uma vez só. A garota passa a ter contato com outras pessoas e com o que o poder pode fazer com elas. O que o seu poder pode fazer com ela. Mas nem por isso Juliette deixa de ser uma pessoa boa - uma personagem extremamente cativante por todos os princípios que possui, mesmo que tenha sido julgada e abandonada por todas as pessoas que conheceu. 

Eu confesso que, de início, larguei a leitura do livro de Tahereh Mafi, por causa da linguagem: o livro é narrado em primeira pessoa, no presente (escolha com a qual eu ainda não estou acostumada), e Juliette é um tanto repetitiva e confusa, no inicio da história. Mas, quando engatei novamente na leitura de Estilhaça-me, só consegui me arrepender por não ter feito isso antes. Os pensamentos da protagonista vão clareando, deixando de ser tão confusos, e então a leitura passa a ser extremamente gostosa. Tareheh Mafi é um tanto poética na narração, que também é repleta de metáforas gostosas de se imaginar.

A qualidade do livro superou todas as minhas expectativas. Há ação (o que sempre fisga o meu coração um pouquinho mais), romance (na medida certa), personagens com personalidade forte e engraçados e um triângulo amoroso entre Adam, Warner (o vilão atraente e cheio de mistérios que vai perturbar você também) e Juliette, que coloca uma pimenta a mais em toda história.

Juliette não precisa ser um monstro ou uma arma. Ela tem poder para ser o que quiser. Inclusive, uma guerreira.

Eu estou ansiosa pela continuação da trilogia – o “Unravel Me”, com previsão de estrear nos EUA no dia 5 de Fevereiro –  e para a publicação Destroy-me, a lacuna entre Estilhaça-me e Unravel Me, narrada pela visão de Warner.

Por: Larissa

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