22 de fev. de 2013

Resenha: Partials, Dan Wells


Nome Original: Partials
Data de Lançamento: Dezembro de 2012
Editora: ID
Gênero: Distopia/Ficção científica
Sinopse: A raça humana está quase extinta após a guerra com os Partials – seres criados em laboratório, idênticos aos humanos. Eles liberaram o vírus RM, ao qual apenas uma pequena parte da população é imune. Os sobreviventes da América do Norte se reuniram em Long Island ao mesmo tempo que os Partials se retiraram da guerra misteriosamente. Kira é uma médica em treinamento que vê, dia após dia, todos os bebês morrerem, pouco tempo após o nascimento. Há mais de uma década nenhum nasce imune ao RM. O tempo está se esgotando e, com ele, a esperançaDecidida a encontrar a cura, Kira descobrirá que a sobrevivência dos humanos tem muito mais a ver com as ligações entre eles e os Partials do que se imagina. Ligações das quais a humanidade se esqueceu, ou simplesmente não sabia que existiam.

Partials se passa no ano de 2075 num mundo em que, acreditem se quiserem, quase tudo é rústico. Não é para menos: grande parte do que havia no velho mundo – esse que nós vivemos hoje - foi destruído no Break pelos Partials, máquinas biológicas muito parecidas com seres humanos, criadas pelos seres humanos, afim de serem usados como armas. Armas essas que se voltaram contra seus criadores e dizimaram quase toda população dissipando o vírus RM. E depois sumiram.

Agora, onze anos depois, o que sobrou da população – pelo menos da América do Norte – tenta sobreviver como dá, numa vida construída por ruínas e perdas, e encontrar uma cura para o vírus RM que há onze anos mata bebês três dias depois que eles nascem. A medida usada para tentar encontrar um sobrevivente que dê continuidade a humanidade é chamada Lei da Esperança, que obriga mulheres acima de 18 anos a engravidarem (depois, essa idade é diminuída para 16) o máximo possível, na esperança de que algum desses bebês, um dia, seja imune.

É claro que essa lei – além de outras medidas do governo - desperta desavenças entre o Senado e A Voz, um grupo de rebeldes que é contra A Lei da Esperança, uma vez que obviamente obrigar garotas a engravidarem o máximo que puderem com idade tão pouca, não surtia resultados.

Nós acompanhamos tudo isso junto à protagonista Kira, uma médica de 16 anos (os jovens acabavam sendo obrigados a serem um tanto precoces) que está cansada de ver bebês morrerem todos os dias e uma solução nunca ser encontrada. E essa centelha aumenta quando Madison, a irmã adotiva de Kira, fica grávida. A menina jura que irá encontrar a cura do RM e impedir que esse bebê morra, dando assim uma esperança para a humanidade. Nem que para isso antes ela tenha que confrontá-la e ir de encontro com as criaturas que espalharam o vírus, destruíram o mundo e  que são totalmente imunes ao RM: os supersoldados praticamente invencíveis, os Partials.

Não sei nem como falar do livro sem expressões como: muito bom, maravilhoso, incrível e eu quero logo essa continuação! O livro é dividido em três partes: a primeira parte é um pouco mais monótona, como uma apresentação do cotidiano na ilha de East Meadow após o Break e como as pessoas vivem por lá: Lei da Esperança, o fato de morarem em casas de falecidos, missões de resgate e etc. A partir da segunda parte é quando as coisas realmente começam a acontecer. Nesse momento, o autor nos insere na busca incansável de Kira por respostas e em tudo o que ela precisa passar para alcançá-las. Inclusive, nos insere nas explicações biológicas que você QUER entender, não importa que não saiba nada sobre o assunto.

Na terceira parte, é pura ação. Eu confesso que meu frisson com os personagens, e principalmente com a protagonista, se deu aí (e a minha preferência por casais também, apesar de o livro não dar foco a isso, mas se você for um pouco mais atento, vai perceber alguns sinais). Nessa terceira parte se iniciam os mistérios frenéticos, e é claro, a conclusão. Mas não se engane: o final do livro é um mar de possibilidades. A minha mente, pelo menos, vagou loucamente a procura de possíveis respostas, e eu não parei de resmungar por querer logo ler a continuação desse volume.

O fato do autor não descrever os personagens não me incomodou: eles simplesmente se formaram na minha cabeça, e eu tinha outras coisas com as quais me preocupar nessa leitura. Muitas informações são deixadas de lado, como por exemplo: o que foi a Guerra de Isolamento, a Guerra Partial, a ParaGen, entre outros aspectos do velho mundo que eu espero, devem ser explicados melhor na continuação. Por essas e por outras, digo aqui que Partials ganhou minha fidelidade!

Por: Larissa 

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