13 de abr. de 2016

Resenha: O Diário de Anne Frank


Editora: BestBolso
Número de páginas: 378
Data de lançamento: Junho de 1947 (primeira publicação)

12 de junho de 1942 – 1º de agosto de 1944. Ao longo deste período, a jovem Anne Frank escreveu em seu diário toda a tensão que a família Frank sofreu durante a Segunda Guerra Mundial. Ao fim de longos dias de silêncio e medo aterrorizante, eles foram descobertos pelos nazistas e deportados para campos de concentração. Anne inicialmente foi para Auschwitz, e mais tarde para Bergen-Belsen. A força da narrativa de Anne, com impressionantes relatos das atrocidades e horrores cometidos contra os judeus, faz deste livro um precioso documento. Seu diário já foi traduzido para 67 línguas, e é um dos livros mais lidos do mundo. Ele destaca sentimentos, aflições e pequenas alegrias de uma vida incomum, problemas da transformação da menina em mulher, o despertar do amor, a fé inabalável na religião e, principalmente, revela a rara nobreza de um espírito amadurecido no sofrimento. Um retrato da menina por trás do mito.

          Ler esse diário era uma das minhas muitas metas literárias. Sempre conheci a história de Anne, uma menina judia escondida com sua família, durante a Segunda Guerra Mundial. Todos conhecem essa história. Mas nem todos pegaram esse diário e o leram inteiro, sentiram a angustia e as dificuldades que essa menina de apenas treze anos passou durante esses dois anos de confinamento. 

          Existem muitas polêmicas a respeito desse livro, como os cortes e modificações feitas pro seu pai, o único sobrevivente da família. No começo eu estava bem insegura a respeito dessas modificações, mas quando comecei a lê-lo, resolvi relaxar. Afinal, não há como descobrirmos se realmente Anne escreveu aquilo sem consultar a mesma. Como isso é impossível, temos que ter fé e esperança, coisas que Anne incentiva muito ao longo de seus escritos.

"Onde há esperança há vida. Ela nos enche de coragem renovada e nos torna fortes outra vez."

          A edição que li é uma edição de bolso, mas com o texto integral da edição definitiva por Otto H. Frank, pai de Anne. Achei bem confiável, uma vez que o prefácio do livro explica muito bem sobre a "polêmica" das edições. Me deixou mais tranquila em relação à autenticidade do que estava escrito.

       Anne é caracterizada por ela mesma como uma menina muito inteligente, namoradeira, faladeira e um tanto inconveniente. No início da leitura, a achei mesmo um pouco egoísta e irritante, mas isso é algo que muda muito ao longo da leitura. O amadurecimento da menina, tanto nos assuntos que escreve, como em suas opiniões a respeito dos outros moradores do Anexo Secreto (além da família de Anne, havia outra família escondida com eles) é evidente ao longo das páginas.

"Saia e tente recapturar a felicidade que há dentro de você; pense na beleza que há em você e em tudo ao seu redor, e seja feliz."

         Além de narrar os acontecimentos durante o confinamento, como os desentendimentos entre os habitantes, Anne se abre completamente a respeito de sua relação totalmente conturbada com a mãe e os seus sentimentos confusos em relação à Peter, membro da outra família lá escondida.

          As reflexões de Anne são abruptamente interrompidas no dia 1º de Agosto de 1944. No dia 4 do mesmo mês, o esconderijo foi descoberto e todos os membros foram presos e levados para campos de concentração. Eu mesma levei um susto, pois estava tão imersa na leitura, e de repente o diário termina. Toda a esperança e planos dessa menina para depois da guerra morrem na praia. 

          É realmente muito triste pensar em tudo o que aconteceu com essa família, sendo que alguns meses após a morte da maioria deles, os campos foram extintos e a guerra terminara. Mas um sentimento bom fica: o sonho de Anne sempre foi ser uma escritora, e sempre quisera ser lembrada mesmo depois de morta. Bem, podemos dizer com certeza que ela será sempre lembrada.

Por: Mariane

4 comentários:

  1. Olá, Mariane!

    Essa foi uma das minhas primeiras leituras
    desse ano e estava muitíssimo ansiosa por ler.

    Gosto bastante de livros que tenham a Segunda
    Guerra como pano de fundo, e ler um diário de
    uma menina que passou anos confinada passando
    privações foi uma experiência triste e incrível
    ao mesmo tempo.

    Realmente ela conseguiu e sempre vai ser lembrada.

    Adorei a resenha e o blog e já estou te seguindo.

    Beijos,
    Sala de Leitura

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    Respostas
    1. Oi Luciana! Com certeza "triste e incrível" descrevem essa obra prima.
      Obrigada, já estou seguindo o seu blog também.
      Beijo!

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  2. Não morrerei sem ler este livro! Adorei seu blog, moça. Estou seguindo. :)

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