24 de jan. de 2017

Resenha: Harry Potter e a Criança Amaldiçoada, J. K. Rowling, Jack Thorne e John Tiffany


Editora: Rocco
Número de páginas: 352
Data de publicação: Outubro de 2016

Sempre foi difícil ser Harry Potter e não é mais fácil agora que ele é um sobrecarregado funcionário do Ministério da Magia, marido e pai de três crianças em idade escolar. Enquanto Harry lida com um passado que se recusa a ficar para trás, seu filho mais novo, Alvo, deve lutar com o peso de um legado de família que ele nunca quis. À medida que passado e presente se fundem de forma ameaçadora, ambos, pai e filho, aprendem uma incômoda verdade: às vezes as trevas vêm de lugares inesperados.

          'Harry Potter e a Criança Amaldiçoada' veio como um presente para os leitores fãs do bruxinho mais amado do mundo. Afinal, após nove anos desde a estreia do ultimo livro, e cicno desde a do último filme, nós, amantes dessa história tão cativante, estávamos sentindo falta de mais histórias, mesmo J.K. Rowling, a criadora desse universo, deixando bem claro que não estava em seus planos escrever um oitavo livro.

        A abstinência foi menor com a estreia do filme "Animais Fantásticos e Onde Habitam" (e que filme, meus amigos!), que mesmo sem contar com os personagens aos quais estamos habituados, supriu muito bem a falta de elementos do universo bruxo, recheado de referências. Mas foi com o anuncio da peça "The Cursed Child" que os fãs realmente foram a loucura: afinal, saberíamos o que aconteceu dezenove anos após a Batalha de Hogwarts e conheceríamos os filhos de nossos personagens favoritos.

        A obra é nada mais nada menos que a versão impressa do roteiro da peça de teatro, então não é nada parecido com o que estamos acostumados. É bom ter isso em mente antes de começar a história, que apesar da J.K. ter grande influência na construção da história (não sei bem qual foi exatamente a participação dela nisso tudo), a história NÃO foi escrita por ela.

          E nesse formato de falas, poucas descrições e capítulos divididos em "atos" e "cenas", que nos familiarizamos com nossos personagens favoritos do mundo bruxo e seus filhos. Não há muito o que se dizer sem dar um pouco de spoiler, mas serei breve ao dizer que me diverti muito com as confusões criadas principalmente por Alvo (filho do meio de Harry) e Escórpio (filho de Draco), uma amizade totalmente improvável e que me agradou muito. A narrativa, em grande parte, pega emprestado eventos já ocorridos nos livros anteriores, coisa que ou pode agradar muito os fãs, ou matá-los de desgosto. Quem estava esperando algo completamente novo, uma nova aventura, novos vilões e novas amizades em Hogwarts, com certeza achará a leitura decepcionante.

        Acontece que, no final, a lição é que nem tudo é o que parece ou o que se espera. Não há um grande vilão na história, e a confusão é criada justamente pelos os que deveriam ser os "mocinhos". Sim, há uma personagem que pode ser considerada a vilã (essa personagem provavelmente é a causa de muitas reclamações por parte dos fãs, o que é compressível. Sua origem é suspeita e não-fácil de engolir), que é relativamente mal construída. Mas o foco da história, em nenhum momento, foi esse conflito. 

        Em geral, me diverti com a história e foi bom reencontrar esses personagens tão queridos. Não posso discutir muito a respeito da "grande polêmica" em volta dele mas, sim, recomendo que os fãs leiam a história e escolham se querem considerá-la ou não, não se deixando levar por críticas negativas. Sou contra uma adaptação cinematográfica (e graças a Deus, a J.K. também) e acho que o livro foi uma boa conclusão para a história. Mas, ainda prefiro o epílogo de Relíquias da Morte, muito obrigada.

Por: Mariane

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