30 de ago. de 2017

Resenha: Senhor das Moscas, William Golding


Editora: Alfaguara 
Número de páginas: 223
Data de lançamento: Setembro de 1954

Durante a Segunda Guerra Mundial, um avião cai numa ilha deserta, e seus únicos sobreviventes são um grupo de meninos em idade escolar. Eles descobrem os encantos desse refúgio tropical e, liderados por Ralph, procuram se organizar enquanto esperam um possível resgate. Mas aos poucos — e por seus próprios desígnios — esses garotos aparentemente inocentes transformam a ilha numa visceral disputa pelo poder, e sua selvageria rasga a fina superfície da civilidade, que mantinham como uma lembrança remota da vida em sociedade. Ao narrar a história de meninos perdidos numa ilha paradisíaca, aos poucos se deixando levar pela barbárie, Golding constrói uma história eletrizante, ao mesmo tempo uma reflexão sobre a natureza do mal e a tênue linha entre o poder e a violência desmedida. A nova tradução para o português mostra como Senhor das Moscas mantém o mesmo impacto desde o seu lançamento: um clássico moderno; um livro que retrata de maneira inigualável as áreas de sombra e escuridão da essência do ser humano.

          "O Senhor das Moscas" é o grande clássico escrito por William Golding, vencedor do Prêmio Nobel de Literatura. Narra a vida de um grupo de meninos com idade entre 6 e 12 anos, que após a queda do avião em que estavam, se veem perdidas em uma ilha sem nenhum adulto.

          Durante a narrativa, vemos o constante esforço dos garotos em manter a organização e conseguirem garantir a sobrevivência. Entre os personagens, destacam-se Ralph, o líder do grupo, constantemente preocupado em manter a fogueira acesa para o possível resgate, Porquinho, o garoto desajeitado que serve como braço direito do líder, sempre sendo a voz da razão, e Jack, geralmente visto como o antagonista da história, por ser o chefe dos responsáveis pela caça. 

          Ao longo da história, é possível prever que em algum momento esses garotos entrariam em desacordo, visto que cada um dos garotos tem uma prioridade em mente. Em meio a essas rivalidades, a narrativa nos mostra a verdadeira face do espírito humano, e a que ponto nossa sanidade se mantém intacta diante de situações de sobrevivência com outros humanos.

          Gostei bastante do livro, apesar da sua narrativa muitas vezes arrastada e complexa. Durante muitos parágrafos, o autor dedica-se a descrever a aparência e forma da ilha, cuja ainda não consegui formar em minha mente muito bem. O livro, obviamente, contém diversas simbolizações, que vão da interpretação de cada um. Em geral, achei a história totalmente realista com toda situação em que encontravam os garotos, e em nenhum momento o autor tentou conquistar o leitor com momentos de fantasia e grande aventura.

          Consegui me apegar muito aos personagens, e acho que eles são o ponto alto do livro. A humanidade de cada um, seu jeito de ser e de pensar, me mantiveram alerta e interessada no que viria a seguir. O papel que cada um desempenhava no grupo e a maneira como se relacionavam foi muito singela, pura e transparente.

          É preciso uma releitura para poder captar todos os simbolismos do livro, mas me vejo satisfeita com o que eu pude adquirir dessa leitura, que é um verdadeiro clássico (e agora eu entendo o por que). Pretendo agora assistir às duas adaptações feitas para o cinema.

Por: Mariane


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