2 de ago. de 2018

Resenha: Cristianismo puro e simples, C.S. Lewis



Editora: Thomas Nelson
Número de páginas: 286
Data de lançamento: 1942-1944

Classificação: 

Durante a Segunda Guerra Mundial, a BBC convidou C. S. Lewis para fazer uma série de palestras pelo rádio. Foram programas que, ao final, deram um sentido novo à vida de milhares de adultos de todas as classes e profissões. O livro Cristianismo puro e simples, que colige essas preleções legendárias, veio a ser considerado a mais popular e acessível de todas as obras de Lewis, lembrando-nos daquilo que é mais importante na vida e apontando-nos o caminho da alegria e do contentamento. Esta edição de qüinquagésimo aniversário nos recorda de uma ocasião em que C. S. Lewis foi capaz de dar conforto e consolação a milhões de pessoas num tempo de guerra e de incertezas; mas suas palavras são tão pertinentes agora quanto em qualquer outra época.

          Quem conhece os livros de "As Crônicas de Nárnia" sabe que C.S. Lewis ama inserir referências cristãs em sua obra. Isso porque ele era um autor declarado cristão, mais especificamente da Igreja Anglicana, o que não interfere em nada na escrita do livro que irei citar hoje. "Cristianismo puro e simples" é um compilado das palestras de rádio que Lewis deu na época da Segunda Guerra Mundial, numa época em que a sociedade se via desacreditada e sem fé. Apesar de se aplicar muito bem na época, as questões levantadas por Lewis são pertinentes no mundo atual, e você pode se identificar com muitas delas.

          Independente da sua religião, é sempre bom conhecermos algo antes de criticarmos ou até mesmo seguirmos. Eu, como católica, já sabia que a obra seria de grande valia para mim, pois é algo que já faz parte da minha fé, então seria fácil e útil para mim agregar valores de um autor que já admiro muito. Mesmo acreditando e professando uma fé, é comum (e essencial) que tenhamos dúvidas acerca de muitas coisas, ou até mesmo discordamos de outras. Por isso é importante estarmos sempre nos aprofundando e debatendo essas questões, com pessoas que partilham da mesma fé, ou até mesmo pessoas de outras religiões (ou sem nenhuma religião). Acredito que cada uma, de sua forma particular, tem algo a compartilhar a partir de sua vivência, você podendo concordar ou não.

          A moral, a sexualidade, o casamento, a fé. São essas algumas questões levantadas por Lewis, muitas vezes consideradas polêmicas. Lewis não é nenhum especialista em religião e nem exerce um papel importante na Igreja: é apenas um escritor de fantasia dizendo o que pensa, de forma clara e compreensiva para aqueles que apenas querem entender aquilo que acreditam. Se utilizando de metáforas, exemplos do cotidiano e palavras de fácil entendimento, Lewis mostra, de forma simples, o que Jesus quer de cada um de nós, e o que ele diz com suas parábolas e ensinamentos do Segundo Testamento. Independente da religião, ser cristão significa buscar a perfeição, entregar todo o nosso ser para Deus para que possamos fazer sua vontade.

"É só quando em volto para Cristo, só quando abro mão de mim mesmo para entregar-me à sua Pessoa que começo a ter uma personalidade realmente minha".

          Recomendo a leitura à qualquer pessoa que queira conhecer ou tem curiosidade acerca da vida e dos valores de um cristão, e ainda mais a quem se considera um. Já admirava Lewis antes, mas agora o considero um grande gênio e exemplo de cristão, e recomendo ler muitas outras obras suas.

Por: Mariane

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